quinta-feira, 14 de maio de 2009

UM POUCO (OU MUITO) SOBRE QUASE TUDO!

Esse ano, como algumas (poucas) pessoas sabem, é o ano da França, no Brasil! Dando prosseguimento a magnífica mostra brasileira exposta na França alguns anos atrás.

Fiquei meio ouriçado com essa possibilidade já que não pude ir a Paris da vez passada (como se isso fosse fácil), penso que poderei ver algumas coisas boas por essas bandas nossas. Foi o que deu, está na Casa França Brasil, um espaço cultural de responsa, no centro do Rio, mais precisamente em frente a Cinelândia e ao lado do CCBB. Facinho, facinho, a mostra JR – 28 MILÍMETROS / MULHERES.

Na realidade há mais entre o título e a mostra que nossa vã philosoppia possa imaginar. Desde a entrada, com uma foto de um rosto e seus olhos arregalados pelos dedos das mãos, fotografia de enorme formato pregada (Afixada) na frente do majestoso prédio da Casa França Brasil, o impacto já é considerável.


Estava eu fazendo a foto da fachada quando uma pretensa “entendida” de artes e pitaqueira oficiosa falou em alto e bom som para o grupelho que a acompanhava“...Não gostei dessa foto aí! As pessoas estão achando isso o máximo, mas eu não achei nada demais!”

É assim, graças aos deuses existe mais mediocridade reinante do que podemos dar conta. Assim sabemos que somos pessoas sensíveis.

Entrei, caminhei até a mostra com suas colunas faraônicas e vão livre monumental que é o salão principal de exposições da Casa França Brasil, que por si só já é uma exposição. Mesmo quando vazio dá gosto estar lá. Seu piso maravilhoso de mosaico hidráulico, rendado multicolorido com predominância do amarelo e tons ocres, daqueles das antigas que lembram muito o piso da casa de minha vovó. Maravilha!

Apesar disso, o ambiente mantém-se no seu devido lugar sem oprimir a mostra e o exposto.

 

Na entrada, logo de cara, uma casa de madeira, pedaços de tábuas e telhado de zinco, da favela, desmontada e reconstruída para a mostra. Um pedaço de madeira lateral com uma plotagem modernosa e cara ($$$$), explica o propósito do desmonte e o que foi feito dos seus moradores originais e ainda porque se chama “Casa da China”.

Ao fundo um painel fotográfico imenso com o Morro da Providência (Morro da Favela), numa montagem de arrepiar. Interferências de vídeos em vários pontos do imenso painel.

Parado fiquei, parado permaneci a olhar aquilo tudo.

QUE TRABALHO!

E olha que a exclamação veio cedo, eu ainda não tinha entrado na “Casa da China”! Fui pra lá.

Dois ambientes separam a instalação, na entrada uma projeção multimídia, recorrente de uma mulher numa rede nordestina a se balançar suavemente. No segundo ambiente vem a bomba!

Uma projeção da produção do artista francês JR, sensível e chorante, tocante por demais. Um hiper, mega, super emocionante documentário, ré-produção da vida de milhares de mulheres em vários países do mundo.

Quem poder, veja para crer. Como isso tudo faz tão bem a ALMA!


A arte, cultura, sensibilização para reação a opressão cotidiana a que somos submetidos diariamente! Ver uma exposição, participar de uma mobilização de cultura e arte, como digo sempre, é REVOLUCIONÁRIO!

 

No filme vêem-se relatos chorosos, caretas fotografadas na áfrica, Camboja e índia, onde as mulheres compõem máscaras tribais com a expressão do próprio rosto, Fantástico!


Como se não bastasse o que já presenciamos até o momento, na sala lateral tem uma participação muito especial do fotógrafo amador MAURÍCIO HORA, do Morro da Providência (Favela do Morro).

Uma linha do tempo lateral mostra a história do Morro da Providência e seus fatos marcantes. Ao fundo um painel de uns 4x5m aproximadamente, com as fotos do Maurício.

A mostra está muito bem montada em pequenas molduras 20x30 (e outros formatos maiores e menores) impressos em películas transparentes com iluminação de trás pra frente o famigerado “back-light”.

 

Um efeito muito bom.


Para ouvir os relatos das mulheres, documentados pelo artista JR, ligue gratuitamente para 0800 283 0064

Ou acesse o site: www.jr-art.net

 

Muito bom, muito bom, muito bom, muito bom!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A FEIRA DA RUA DO MERCADO

Já conheço essas paragens de outros carnavais. Gosto especialmente desse pedaçinho do centro do Rio (Bem como dos outros também), pela bucoolica e alcoolica paisagem.

A Feira acontece a cada segundo sábado do mês, tem atrativos como todas as feirinhas, com seu característico diferencial. O capricho de tudo que é feito e exposto, das peças artesanais, as artes de ótimo gosto e fino acabamento.

A arrumação das mesinhas o cuidado, variedade e tudo bem permeado por muita arte e cultura.

Grupos de Teatro, fazem apresentações belas, animadas e engraçadas. 


O pessoal interage com o público e todos participam.

As acrobacias, danças, mágicas compõe a performance.

São criaturas do "meio" que nos tranportam aos medievos.

Sem falar em figurinhas altamente "marromenus" como esse "FAUQUIR" de um falsiê total e absoluto que irrompe a cena e faz sua apresentação.

Música popular brasileira, público de todas as idades, credos e artes.


O encontro dos artistas. Tive o privilégio de conhecer um pintor de verdade, VIDAL, com exposições na Europa, frança e bahia. Sua arte "Naif" ou realismo popular me fez lembrar do tempo que PINTAR, era uma arte. Bom papo, ótimo contato.


Aqui apresentou-se Isabelita dos Patins, figuraça conhecida dos eventos cariocas já incorporada ao folclore local. Ofereceram uma boa degustação de vinhos, um evento de responsa!


O casario recuperado, especificamente dessa área é deslumbrante. Completa a cena e faz realmente a "máquina do tempo" funcionar.


Em meio a algazarra, chega o bloco com seu estandarte.


E sai carregando uma penca de pessoas a fim de mais frevo!


Fotógrafas e fotografos de vário clubes e individuais povoaram a cena durante todo o dia até o cair da noite, registraram e expuseram seus trabalhos em meio a tudo que alí estava.


Grupos de música Latino-americana, cantando e tocando músicas populares, tradicionais, acresceram em qualidade e alegria o evento mensal.
Se puder, venha! Agente se encontra lá.
Vale a pena viver mais esse pedacinho maravilhoso da cidade que luta.


domingo, 3 de maio de 2009

PARABÉNS MILLA!



Hoje é aniversário da minha Milla.

 

O abraço e contato faz muita falta, é claro.

O contentamento por saber, consola.

Saber dos sentimentos que alimentam e fortalecem essa relação linda de Pai e Filha que aprendemos a exercer.

Tem sido um aprendizado maravilhoso e constante.

 

Agradeço ao Pai, por ter me dado mais essa maravilhosa oportunidade que é ter a minha Milla.

 

Parabéns meu amor.

 

Ter a presença de tantas dádivas na via é legal demais. Ver os milagres do respirar a cada minuto e a luz que invade suas retinas e animam seu sentir e pensar. Ter pessoas tão especiais ao seu lado, que ajuntam-se e afastam-se gradativamente à sua necessidade(s), como nosso Pai é maravilhoso com você Milla.

 

Ainda completa sua existência com saúde, beleza e tantos atributos como inteligência (que como você bem sabe, é o conjunto de muitos outros). Como sou feliz por “ter” minha menina, minha filha maravilhosa Aniversariando.

 

Milagres mirabolantes, fantasticamente retumbantes são pra festa de fim de ano, como aqueles fogos pirotécnicos que enchem as vistas.

Quero ver o sujeito ser bom em perceber os minúsculos milagres, maravilhosos do dia a dia, os que verdadeiramente importam.

Esses que você sabiamente tem aprendido cada vez mais a conviver.

 

Muito amor hoje meu amor......

Segura a onda que ainda tem mais, tem um dia, uma semana, um ano, uma vida inteira de emoções emocionantes.

 

Beijo.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

VIAGEM NO TEMPO


Que passeio bom, uma coisa agradável, ainda mais nestes dias de calor, ver a bugingangolândia, como apelidei a Rua do Lavradio em dia de feira das antiguidades, é mais que ótimo, é bótimo.
É no centro, desça na estação do metrô carioca, (de metrô ou de ônibus é mais fácil), se for de carro é mais complicado pra estacionar, nem o carioca mais letrado e pós graduado na cidade maravilhosa gosta.

Prepare-se para a viagem! No tempo.
Você chega e toma um susto a rua é relativamente grande, aí você baixa os olhos nas quinquilharias e vê de tudo, anel, relógio, cachimbo e pingüim, lá tem. Móveis, máquinas victrolas e carros antigos, máscaras e bibelôs também tem. Se for não vá com pressa, vá bem devagarzinho, olhando reolhando e treolhando pra não deixar passar nada, nadica de nada pois em cada broche, cada colherinha de chá, tacinha de licor, baú, caixinha, tem uma saudade, um sentimento de máquina do tempo que você vai viajar com certeza.
As pessoas todas, bem a vontade, com cara e sorrisos de a vontade, de camiseta e bermuda, chapéu e óculos escuros (o carioca é sem dúvida o mais eclético dos seres em termo de indumentária) pessoas de família, classe média com certeza. Todos desfrutando a mesma viagem no tempo, muitas vezes um tempo que nem vivemos, mas nos dá aquela sensação boa, aquela saudade em paz.
Aí cabe uma geladinha seja lá o que danado for, cerveja, chá (outra mania do carica, como se bebe chá por aqui), e até uma cachacinha.
Eu já estou tomando a minha.
E é engraçado, pitoresco, tem as lojas com seus pedacinhos de histórias que nos faz rir e uma figura simpaticíssima aparece envergando um terno azul com gravata borboleta de bolinhas já do alto dos seus setenta e lá vai fumaça, com um bigode branquinho e muitos dentes no sorriso. Se desejar, sente um pouco pra ouvir a música, e conversar, ver gente como a negra que rapou a cabeça e nos lembra Piná, hora coloca o chapéu, hora sorri para o cliente, seduzindo, vendendo seu acervo de bugigangas.
Tome umas e outras (eu já to adiantado no seiviçio), se desejar comer não há de lhe faltar opções e assim passa-se o dia, naquela atmosfera emoldurada pelo belíssimo casario ainda bem conservado, em parte, sobrados rosas e verdes e brancos onde morava o conde, o barão, as putas e toda a gente.
Lá pras tantas se você der sorte poderá encontrar até a mulher gato, apelidei ela assim por conta do bichano pretão, que trás bem acomodado em meio a tralha num reluzente carrinho de supermercado sem a menor cerimônia. Ela para, faz uma ceninha, pega o gato mexe pra lá remexe pra cá, coloca duas baciazinhas no chão, uma com água outra com pedaços de pão e aí dá-se o alvoroço (o gato nem ta aí, parece até que sabe), todo mundo quer dar comida ao gato, e cada um se aproxima e ela recebe as oferendas, come outras tantas, já que ninguém oferece nada pra ela. E improvisando dá um banho no (de) gato (essa parte creio que ele não gostou, mas como não disse nada...) que brilha mais que lustrex em dia de sol aí a danada pega o gato coloca-o de volta a sua poltrona móvel, sorrindo e com ar de não to nem aí, vai embora compondo o cenário.

A tarde cai, mais rapidamente do que desejamos, aí a viagem tem que acabar, fica um vazio com gosto de quero mais, a vontade é esticar, e com certeza tem gente que o faz, é hora de voltar pra casa, se quiser, se der, e você for de esticar, vá ao Scenário, ao mangue seco, ao CCC ou circo voador, mas vá, os bares bodegas e armazéns são um misto de antiquário e boate muito legal, tem um clima muito bom, uns shows de música, faça reserva antecipadamente e mande brasa.
Amanhã é um novo dia, até o primeiro sábado do mês seguinte quando a feirinha volta.

sábado, 25 de abril de 2009

EU






Eu sou capaz de muito mais!

Com certeza sou mais.

Não quero o seu mal! Nunca!

Penso...

Sou melhor do que você jamais poderá enxergar.
O meu melhor é só para quem tem olhos pra ver.
Posso me dar inteiramente!
Simplesmente.

Pra mim é fácil, isso é da minha natureza.
Posso lhe dizer coisas inaudíveis.
Porém muito sensíveis.
Sinta o meu respirar
Ouça o meu
Coração

Posso...
Proporcionar orgasmos só de falar, cantar...
Posso!
Mas,
Há de se ter ouvidos de escutar.

Não sou quem você pensa.
Se é que pensas (comigo).
Acusas, jamais me reconhecí  nessas acusações...

Não racionalize, sinta!
Nunca me compare (Nem a mim, nem a nenhum outro).
Isso não vai dar certo...

Na verdade. Não serei o que você deseja.

Jamais.

Todavia sei o que desejo (você).

Eu.
Já sou.

Saiba me aceitar(aprendizado).
Simplesmente.
Não me ataque, acuse, violente (O ataque é a pior defesa).

Não jogue, não minta que eu prometo...

Não serei falso (Nunca).
Jamais! E...
"Te darei o céu meu bem."

Serei claro e mostrarei a você minh'alma
Quer ver?
Há de se aprender a mergulhar.
Abissais mergulhos...

Peça! Saiba pedir.
E eu "te darei até o meu amor também."

Saiba me ver, escutar pra ouvir, sou bem mais que reclamações fúteis.
Não servirei jamais a essa desaventurada maldade.
Jameis cederei a mediocridade
Nem quero alguém que ceda.
Não necessito do seu controle.

Não me jogue(julgue) ao chão
Acolha-me
Acredite
Saiba
Peça
Exija o melhor...
Sempre

O melhor de mim!

Nunca o pior!

Está perdida meu amor?
Meu amor está perdido?
Amor.
Perdido!
Está
Perdida
O meu
Esta?

Poesia de fim de dia, cansado....................só pra versejar. Beijo........................