segunda-feira, 20 de outubro de 2008

APRENDO, COM ELAS.

Mulher_77. Lápis cera, caneta hidrográfica e aquarela sobre papel canson.

Aprendi com elas

O que não devo

Ou posso fazer.

Uma das coisas que elas me ensinaram foi que nem sempre posso abrir o jogo, dizer a verdade pra valer.

Pra quê?

Pois há uma sutil diferença em fazer, insinuar que sei, sem deixar claro o saber, e falar algumas verdades, mesmo sem querer (Querendo).

Ah! Como elas são simples e complexas, cobrem-se dos sete véus de mistérios e a coisa mais elementar passa a ter saber diferente.

Isso pra quem está a fim de viver intensamente.

Amo-as!

Podem ser o que for, amigas, namoradas, irmãs, mães, filhas ou esposas as minhas mulheres sempre querem me ajudar, dão-me conselhos sábios, sabem passo-a-passo o que tenho e devo fazer, antevêem meu futuro, comentam em detalhes minhas atitudes, sabem onde eu errei e a miraculosa fórmula para que eu acerte de vez.

Como elas são bondosas, só querem o meu bem, dão-me encaminhamento seguro, marcam cerrado e demarcam território.

Não por posse, não, com certeza!

Mas por cuidados, carinhos e mimos.

E se me falta o ar um pouquinho, exagero meu a parte, fico de ponta-de-pés para respirar um’cadinho, sem no entanto demonstrar desconforto ou desalinho.

As vezes não.

Sei do controle e dos ciúmes.

E daí?

Sei das necessidades por vezes tolas.

Que bom!

Se me falta a paciência, elas me ensinam a ter mais um pouquinho.

E mais.

Só mais um tantinho assim.

Como aprendo com elas.

Me fazem ver o mundo girar e mesmo assim, é bom.

“Amo-elas”.

“Amo-las”.

Elas.