quarta-feira, 15 de abril de 2009

RÉ-VOLTA




Não imaginava eu que ao voltar em Niterói, depois de tantos verões teria uma nova oportunidade de afinar o olhar pra (de enxergar) ver tanta beleza. Dizem os niteroienses (não sei realmente se esse adjetivo existe), os mais aguerridos, pra não dizer bairristas afirmam que é de lá que se tem a melhor vista da baía de Guanabara. É vero! Inquestionável.

Desde o momento que decidi ir, seja por ponte ou por mar, as belezas se descortinaram de forma tão luminosa e pungente que parecia até estar entrando numa outra dimensão de luzes e sombras, cores e brilhos, reflexos e silhuetas, recortes de formas como num teatro de sombras chinês, só que em cinemascope gigantesco.

Pode-se ir de barca, a maneira tradicional, se assim você decidir ir dirija-se à estação das barcas na praça quinze, lá chegando opte pela barca tradicional que sai em intervalos regulares, se estiver relax, sem pressa, pra ir obsorvendo (mistura de observando com absorvendo) a paisagem e as mudanças de luz.
Tem gente que não dá aquela paradinha, no tempo e espaço para sentir algo tão miraculento, a luz. Sentindo a maresia chegar.
Caso queira uma viajem mais rápida, opte pelo aerobarco, mas esqueça a paisagem, é muito rápido porém não se vê quase nada, não tem romantismo nenhum. A terceira opção é a maravilhosa ponte Rio-Niteói, que você pode ir de lotação (perua, besta, Kombi, etc), não é muito demorado, uma hora e mais ou menos dependendo do motorista fechar a lotação completa, aí a viagem anda.

Ou ainda pode ir de carro, que pessoalmente acredito ser a melhor opção, se não for a hora do ruxi (nunca opte por sse horário), vindo ou voltando, se tiver trânsito, ai esqueça, talvez seja melhor ir a pé.

Fomos ver a exposição individuar de um dos artistas mais conhecidos da “geração 80” ???? no Museu de Arte Contemporânea de Niterói, o MAC e de quebra gamamos uma outra, talvez mais interessante.

Ao descermos da ponte, atravessamos a cidade, subimos uma ladeirinha, passamos pela linda “boa viagem” e fomos em direção a Icaraí, subindo a ladeira a paisagem muda completamente, começamos a ter uma vista deslumbrante da baía de Guanabara, ilhotas, um mar sem fim com seus reflexos multicoloridos e ao fundo a Guanabara em todo seu esplendor.

Esplendorosa também é a vista do MAC, ao chegarmos o museu nos assalta as vistas e atenções como se uma coisa de outro planeta, de outra dimensão tivesse pousado naquele instantinho e nós fôssemos as testemunhas oculares do surgimento daquela nave ou objeto não identificado, majestoso e.....
.....Branco! Muito branco, com suas janelas escuras rodeando todo o prédio. Niemeyer se superou, no projeto e quem quer que tenha escolhido o local! Não poderia ser em lugar nenhum do mundo senão ali.

Entrar no museu é coisa ritual, não é assim, vai entrando de qualquer jeito não! Tem uma linda rampa com curvas orgânicas que nos conduz ao prédio. Recepcionistas, pessoas simpáticas e sorridentes e depois do bilhete, adentramos.

Falar da mostra, ou melhor das mostras, ficará para uma outra resenha, ou não. Pois os meus olhos e mentes foram abduzidos pela beleza daquele pedacinho de Niterói, que cidade privilegiada, hum, que maravilha sim senhor.

O espaço interno, deixa um pouco a desejar, mas as vistas, as janelas filtrando e reforçando aquelas imagens, água, pedra, céu e mar, eu não sabia mais o que olhar, estava em êxtase visionário extra-extraordinário!

Com certeza nem as mil palavras, e perceba que aqui já tem com certeza mais de mil, não serão capazes de descrever tantos sentimentos e tanta beleza.
Ou seja; Vá a Niterói (e me chame que eu vou) sem falta!

Esta minha ré-volta a Niterói foi uma oportunidade única, posso até voltar lá mil vezes (olha o exagero aí gente), mas aquela tarde foi maravilhosa, toda a natureza conspirou para que o ar salobro, filtrasse e possibilitasse aquelas vistas de encher os zóios.

Um comentário:

Alice disse...

HOMEM VC ME TRNSPORTOU EM FRAÇÕES DE SEGUNDOS PRA ESSA MARAVILHA DE LUGAR!!!

BELA RESENHA; FORÇA NAS PALAVRAS;
SENSIBILIDADE APURADA...

SENTI O CHEIRO; AS CORES; O ROMANTISMO; O SOL; O VENTO; O PUL
SAR DESTE PEDAÇO DE MUNDO COLORI
DO, COMO SE ESTIVESSE LÁ NO EXATO
MOMENTO QUE LIA O TEXTO...

MELHOR DIZENDO, A IMAGINAÇÃO E O
MEU SENTIR FOI ALÉM DA LEITURA
ESTIMULANTE...

GRANDE SENSIBILIDADE DE ARTISTA ROMÂNTICO ESCRITOR, QUE ME É MUI
TO CARO...

GRATA POR COMPARTILHAR COMIGO,
EMOÇÕES QUE TOCAM O CORAÇÃO!!!

BEIJO.........ALICE