Aprendi com elas
O que não devo
Ou posso fazer.
Uma das coisas que elas me ensinaram foi que nem sempre posso abrir o jogo, dizer a verdade pra valer.
Pra quê?
Pois há uma sutil diferença em fazer, insinuar que sei, sem deixar claro o saber, e falar algumas verdades, mesmo sem querer (Querendo).
Ah! Como elas são simples e complexas, cobrem-se dos sete véus de mistérios e a coisa mais elementar passa a ter saber diferente.
Isso pra quem está a fim de viver intensamente.
Amo-as!
Podem ser o que for, amigas, namoradas, irmãs, mães, filhas ou esposas as minhas mulheres sempre querem me ajudar, dão-me conselhos sábios, sabem passo-a-passo o que tenho e devo fazer, antevêem meu futuro, comentam em detalhes minhas atitudes, sabem onde eu errei e a miraculosa fórmula para que eu acerte de vez.
Como elas são bondosas, só querem o meu bem, dão-me encaminhamento seguro, marcam cerrado e demarcam território.
Não por posse, não, com certeza!
Mas por cuidados, carinhos e mimos.
E se me falta o ar um pouquinho, exagero meu a parte, fico de ponta-de-pés para respirar um’cadinho, sem no entanto demonstrar desconforto ou desalinho.
As vezes não.
Sei do controle e dos ciúmes.
E daí?
Sei das necessidades por vezes tolas.
Que bom!
Se me falta a paciência, elas me ensinam a ter mais um pouquinho.
E mais.
Só mais um tantinho assim.
Como aprendo com elas.
Me fazem ver o mundo girar e mesmo assim, é bom.
“Amo-elas”.
“Amo-las”.
Elas.
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