terça-feira, 10 de junho de 2008

AS VEZES TENHO A ILUSÃO

Trabalho da Série: A mulher que virou árvore por amor
Acrílica sobre duratex - 80x120 cm
Coleção particular

As vezes tenho a ilusão que coisas e pessoas podem ser especiais.
Coisas de valor inestimáveis. Indizíveis, incomensuráveis.

Pessoas insubstituíveis.
Ou coisas duráveis.

Doce ilusão.
Quanto mais inestimável, caro o amor, maior a facilidade de se tornar sem valor.
Para mim, para ti, para nós, vos e eles.

Posso até te dar, graciosamente o que não tem preço. Se é esse o meu desejo.
Pra mim. Só peço-lhe o mesmo, a mesma medida, fidelidade, razão.

Quanto mais insubstituível a pessoa, mais vazia é minha vida.
Quanto mais inestimável o sentimento, mais pobre o meu ser fica.

Xô ladras de alma! Cai fora sanguessugas de energia, vá de retrum satanases da esbórnia.
Estou em outra! Sem muito, ou tanta ilusão.
Mesmo assim as vezes a tenho, outras penso que tenho e dessa forma tenho certeza o que é ou não ilusão.



tEXTO E ILUSTRAÇÃO DE rICARDO aRAÚJO

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